O resultado é o “Almanaque do Macho Moderno”, um relato da vida selvagem deste elo perdido. Compre o livro e saiba tudo o que descobrimos sobre essa espécie tão interessante. Mas compre agora! Afinal, tudo que é bom dura pouco, especialmente o Macho Moderno."
domingo, setembro 27, 2009
machos modernos reunidos
O resultado é o “Almanaque do Macho Moderno”, um relato da vida selvagem deste elo perdido. Compre o livro e saiba tudo o que descobrimos sobre essa espécie tão interessante. Mas compre agora! Afinal, tudo que é bom dura pouco, especialmente o Macho Moderno."
quarta-feira, setembro 23, 2009
quarta-feira, setembro 09, 2009
quinta-feira, setembro 03, 2009
quinta-feira, agosto 06, 2009
dare to compare
Sim, também mulheres gostam de ser únicas, mas mais no sentido de fidelidade do que de qualquer outra coisa. não sei se entendo direito essa questão, segundo minha vivência, basicamente masculina. me é tão óbvio comparar, não pra ver quem é melhor na cama, ou que tem atitudes mais isso ou aquilo, mas por vivermos sempre de forma relativa, sempre de acordo com nosso próprio repertório.
Não me lembro de ter me sentido mal por ter sido comparada aos fantasmas do meu 'caso'. Não que me lembre de ter sido comparada a uma... Em geral, me sinto mal por me sentir (auto-)comparada às modelos das revistas, isso sim. Talvez comparar seja uma coisa feminina e detestar comparação seja uma coisa masculina... tal qual "a tampa do vaso deve ficar baixada" vs. "pra quê?" ou "tenho só esses 19 pares de sapato, preciso de uma sandália lilás" vs. "1 par de havaianas + 1 sapatênis e estou bem!".
Também é verdade que nós, balzaquianas, somos conhecidas por sermos cada vez mais exigentes e, portanto, comparamos e analisamos cada vez mais. Será que é disso que 'eles' reclamam? Pessoalmente tento (dentro da mera possibilidade da minha condição absolutamente humana/feminina) viver cada relação da forma mais inteira, sem levar mais ninguém 'pra cama' conosco... Nem os 'falecidos', nem nossos pais [viu, Sr. Freud!]... Mas sendo formada por um pouquinho de cada uma dessas pessoas, às vezes, é mesmo difícil não transformar o casal numa suruba, se é que vc me entende.
quarta-feira, agosto 05, 2009
pedido
não sei se já havia pedido a alguém. hoje pedi a uma pessoa que já me contou segredos guardados a 7 chaves sobre mim que nem eu mesma sabia.
anseio pela resposta.
anseio por me fazerem a pergunta.
e anseio pela resposta de novo.
talvez anseie mesmo é pela intimidade, fragilidade e doçura...
fase 1
me olhei no espelho e sentei. pernas cruzadas, luz às costas.
sentei e busquei teu nome pra escrever.
escrevi para mim e te mandei.
não era menina. uma mulher, de brincos apenas.
quinta-feira, julho 30, 2009
mulher de fases
explico:
feminina seria apenas um momento mulherzinha.
feminista seria apenas um momento de direitos iguais e queima de soutiens.
feminística seria... hmmm... algo sem nada de direitos iguais (meninos são meninos e meninas são meninas... deal with it!), mais independente sem a queima de lingeries (são caras, sabe?!), entendendo melhor papéis (mas sem intelectualizar demais tbm). me observar, me entender, me aceitar, me curtir, me sentir – tudo isso enquanto mulher que sou.
ah! e lendo O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir... uma coisa bem girl-o-râmica.
adoro ser uma mulher de fases, adoraria também ter alguém que as visse, as dissecasse e as curtisse... mas não já, eu acho. não, não já.
quinta-feira, maio 28, 2009
fatorial
infinitas são tantas quanto for a grandeza da cidade, multiplicada decrescente até chegar a um: eu ou você ou ele ou ela ou it.
como numa aula de análise combinatória em que a – no caso, obrigatória – exclamação explica qual o valor.
são paulo!
quinta-feira, maio 14, 2009
hoje
se fosse domingo
com churrasco marcado
com você do meu lado
tocando um samba sambado
num doce balanço a caminho do mar
segunda-feira, maio 04, 2009
108
Tinha achado gostoso e até divertida a história de passar os dias sentado numa cadeira de plástico branca colocada no canto de sua varanda coberta de azulejos com desenhos estranhos. Se inscreveu no campeonato de damas, esquecia quando era quarta-feira e perdeu as eliminatórias por W.O., riu de si mesmo sentado na cadeira de plástico branca colocada no canto de sua varanda coberta de azulejos com desenhos estranhos. Sentia falta da leve pressão que lhe faziam os sapatos nos mindinhos no fim do dia. Sentia falta de abrir o primeiro botão da camisa a caminho do ponto no fim da tarde. Sentia falta dos fins de semana que agora não tinham mais fim sentado numa cadeira de plástico branca colocada no canto de sua varanda coberta de azulejos com desenhos estranhos.
Assistia a todos os jornais e ainda ouvia notícias num radinho. Quase contava dias, quase contava meses, sabia que haviam se passado 13 anos sentado na mesma cadeira de plástico branca colocada no canto de sua varanda coberta de azulejos com desenhos estranhos. Não queria mais saber de cadeira branca ou dos azulejos.
Vestiu a camisa bem passada de linho cinza e os sapatos que apertavam de leve o mindinho esquerdo já desde cedo e andou até o banco. Pediu ajuda a uma jovem bonita de cabelos fartos e rosto rosado para pegar a senha para atendimento nos caixas, e não queria a prioritária, tinha tempo, queria tempo. Agradeceu e logo se dirigiu às fileiras de cadeiras voltadas para o painel que indicava as senhas e os guichês. Com uma timidez cortada pela ansiedade quase adolescente perguntou: "quem é o 107? quem é o 107?", a quem respondeu um senhor da última fileira levantando a mão. Andou até ele trapalhada e vagarosamente por entre as fileiras. Sentou numa cadeira de plástico branca. Outra.
- Prazer, eu sou o 108. Tudo bem? É importante fazer contatos hoje em dia. Então, o senhor faz o quê?
sábado, abril 25, 2009
Por mais que uma vez postado, escrito, publicado, já não tenha mais jeito - vc pode ter o mundo como testemunha -, acho libertadora a sensação de poder voltar atrás, apagar e escrever de novo do jeito que quiser, demonstrando abertamente que nesse novo momento o post é outro, é tudo outro. Pode mesmo deletar o blog, cometer orkuticídio e tantos outros assassinatos e simplemente começar de novo, do novo zero que determinou para si.
E claro, dá pra fazer isso na vida real também. Mas cara a cara, às vezes, é mais difícil.
sexta-feira, abril 24, 2009
claro que quando se percebe isso, ao mesmo tempo que se pega a espada pra seguir em frente, o medo começa a tomar toda uma outra forma e - pasme! - fica pior. descobre-se que é medo do conhecido, mas empurrado lá pra baixo, pros confins do in(ou sub)consciente. é medo que não é real, mas que já foi um dia, e passa a ser hoje um medo com uma carga de tempo grande demais pra conseguir enfrentar de cara limpa.
gostava mais de quando eu tinha medo de descer a escada sozinha às 5 da manhã dos sábados, acordava e ficava sentada entre as portas dos quartos dos meus pais esperando alguém vir me ajudar a ter coragem.
quinta-feira, abril 23, 2009
1) carregar um livro do sofá da sala à mesa da cozinha
2) ficar de pé, a 90 graus do chão
3) vestir uma calça de pé
4) se virar na cama à noite
5) não perceber que a escada que te separa da sua cama tem 14 degraus
6) fazer xixi na pausa de 75 segundos no meio do filme
7) pedir ajuda, nem que seja pra carregar um livro do sofá da sala à mesa da cozinha
note to self: lembrar dessas coisas ridiculamente ridículas.
quarta-feira, abril 22, 2009
Acho que morar sozinha faria muito bem à minha escrita. Venho percebendo que vou lá fora, falo com pessoas, twíto, leio, vejo jornal, ando na rua, vejo táxis. Depois, à noite, quando estou sozinha em silêncio no meu quarto, ouvindo poucos carros passarem sozinhos na rua, com a luz já a meia luz só lá longe na cabeceira, eu sento e muitas idéias vêm inteiras na minha cabeça. Não há mais fragmentos cortados por mais uma informação que chega ou mais um telefone que toca. É nessa hora que está tudo em silêncio, menos eu. Eu tenho discursos prontos que minha cabeça parece ter passado o dia todo tecendo. Eu tenho histórias completas e detalhadas sobre seres e faunos, músicas e poemas, críticas, argumentos e protestos. Quando eu deito e apago a luz, logo antes de adormecer, é quando a solidão começa a cantar e as palavras começam a me sair pelos poros. Acho que por isso sonho. Quando acordo, o barulho e o mundo esmigalham todas as idéias de novo e começo de novo a tricotar.
terça-feira, abril 21, 2009
While I was showering, a not so unusual thought popped into my head: "what turns me on?"
This is not one of those questions that can't be fastly answered, not if you want to tell the truth at least... Then I started thinking about the guys that most turned me on, about the things that most turned me on, foods, beverages, places and the whole firing up deal.
No, I guess I won't write down a list of things or a map to this treasure - not today I won't. But one of the things that gets me in the mood is that someone who does something really well, and I don't mean a specific thing, just doing it well. I've shaken while sitting down by the side of an amazing driver, who knew how to move through the cars that passed by so secure, that could pay attention to the music, make a turn, keep up a conversation, speed a bit, but just enough so that I wouldn't ask him to slow down and still make it fast enough and manly enough so that I'd almost melt down by him changing gears...
What the hell?! Doing something really well turns me on, but if that something is driving, even better.
And OK, I admit I started picturing a specific person while I was writing and that made me lose focus, but it doesn't change the subject or the mood, it makes it stronger.
sexta-feira, abril 03, 2009
Não sinto muito em dizer isso, mas eu odeio dormir de conchinha. Sinto muito (agora sim) que todos - ou a grande maioria - das pessoas que dormiram comigo tenham achado o máximo. O que há de bom em não poder se mexer sem acordar o outro, passar calor e ter alguém fungando no seu cangote a noite toda? E mesmo que venham com o argumento de que não é a noite toda, é só o começo, não adianta, é mesmo no começo da noite que eu preciso conseguir dormir, depois estou dormindo, não me importo muito mias.
Posso correr o risco de soar pouco romântica, mas take some time to think this through: poder realmente dormir depois de fazer uma festinha é bem poético, ao contrário de passar algumas horas em sofrimento, respirando levinho e fazendo cara de "ai que gotoso!".
Mas o pior não tem limite e, se quiser acabar com meu bom humor (pós festinha ou não), me coloque pra dormir de conchinha numa cama de solteiro encostada à parede comigo pelo lado de dentro... morri. Mas de qualquer jeito, deveria morrer mesmo, com a idade a gente não deveria ser mais obrigado a passar por certas coisa, mas c'est la vie.
Pra mim, 'dormir com alguém' é uma questão de intimidade e, como diz a própria expressão, pressupõe que se dorme. Mas como dormir é algo absolutamente pessoal, durmo ao lado de alguém e pode ser concomitantemente, mas durmo sozinha. Eu beijo outra pessoa, abraço outra pessoa, transo com outar pessoa, ou faço amor (que são coisas diferentes) com outra pessoa, mas dormir não dá... eu durmo e você dorme, mas cada um sozinho, ainda que na compania de... então por favor não me rele, deixe que meus pés fiquem pra fora e com um travesseiro todo pra mim. Vou acordar mais feliz e, trust me, vc vai me querer feliz quando eu acordar.
(nota da autora: dont't worry! 1st crappy version)
domingo, março 01, 2009
Quem disse que as pessoas mais interessantes eram aquelas que não sabiam o que queriam ser antes dos 30 era um idiota.
Cresci acreditando nisso e veja onde isso me levou. Devo ser um espécime a ser estudado tamanha a riqueza da minha psique, mas a sensação mesmo é de ter um grande L estampado na testa.
Quando pequena, queria ser bailarina. Adolescente, coreógrafa. Na época do vestibular, administradora, turismóloga (?), psicóloga ou publicitária. Na pós-adolescência (leia-se na faculdade e um pouco depois), marketeira. Nada com muito afinco ou com aquela defesa da profissão que faz brilhar os olhos. Houve um tempo em que quis ser escritora, mas como foi seguido por um branco literário, foi por água. E a essas poderia juntar dançarina de country, animadora de balada alheia, pesquisadora, atendimento, professora e dog walker.
As profissões e os sonhos instantâneos foram seguindo junto com os anos e quando chegaram os 30, desabei. Além da crise dos 30 normal, caiu o mito. Não me achava nada acima da média das pessoas interessantes. Me achava, aliás, a menos interessante das pessoas interessantes que eu conhecia.
Em 5 dias sigo o próximo passo. E me pergunto – o que dizem de interessante das pessoas que não sabem o que querem ser depois dos 31?
(Nota da autora: bullshitt 1st draft)