No elevador, cheia de sacolas e coisas nas mãos. Entra um senhor, digo
"boa noite". Ele deu um sorriso terno: "ainda é de manhã".
Enquanto eu seguia sem sentido nessa conversa estranha, um outro eu
lá de trás falava saltitante, balançando os cabelos livres ao sol ----
como uma menina brincando no quintal ao pé de uma pitangueira --- "é aniversário do meu pai!",
justificando de onde vinha a alegria e a confusão.
Da frente, seguia um papo bobo sobre o horário de verão, entendendo que
de fato era esse não-mais quem se soltava sem sentido e com palavras
desconexas da minha boca. Sem pesar, apenas assim.
Coexistências.
segunda-feira, outubro 17, 2016
feliz aniversário, papai
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