domingo, setembro 19, 2010

denorex

há pouco recebi uma ligação engraçada e que não entendi por alguns momentos: um amigo com quem há tempos não falava me liga, assim, domingo de manhã. segundo ele, ainda estava na cama, com o note no colo e deu saudades... (até aqui, fine!) pergunta como anda a vida, insiste na parte amorosa e eu "está tudo bem! está tudo bem!"... alguns minutos de enrolação esquisita sobre o assunto até que eu entendi. ele diz: "pô! a gente é amigo há tanto tempo... pára de bancar a forte e me conta quem foi o fdp que fez você sofrer?!"
a pergunta foi obviamente seguida por um certo silêncio... e, então, ri. ri alto e gostoso...

curioso... não se pode citar um coração partido sem estar com ele doendo? "foi uma mostra, fulano! só fui a uma mostra sobre o assunto!" (não que eu não tivesse historicamente muito material para a autora da obra)

meu coração está inteiro, curtindo o momento, louco pra se jogar de cabeça em uma nova
(ou velha reinventada) história, aventura, caso ou o que quer que seja, desde que seja algo que o faça, mesmo que por alguns poucos minutinhos apenas, parar e depois bater mais forte, gelar a barriga, ficar sem palavras, falar besteira, agitar as mãos, dar sorrisinhos de lado... tá pronto pro que der e vier.

pois que venha.

sexta-feira, setembro 17, 2010

e continuando a temática anterior, fica o link de um vídeo bem bonito do Museu dos Corações Partidos.

e, como toda boa menininha sonhadora que se preze, sim, eu também já tive meu coração partido... e sempre admirei a estética e a intensidade dos sentimentos de um coração assim.

qual não foi minha grata surpresa a encontrar na categoria Cinema e Vídeo do Rumos do Itau Cultural uma obra que traz isso tudo à tona. num museu de assim belas palavras, imagens, e vídeos. vale a pena parar pra ver de fora, olhando a dor de fora, sem sentí-la, apenas observando como poderia ser se lá do lado de dentro quem estivesse partido fosse (de novo) o seu coração.

é estranhamente bela a dor de amor.

segunda-feira, setembro 13, 2010

não leia, é pessoal.

tem coisa que nunca muda. simples assim.

tem quem não mude de perfume, tem que não mude de estilo, de carro ou de idéia.
eu? eu aparentemente não consigo mudar de hábito. já tentei todas as outras, meu perfume preferido continua o mesmo, mas uso aquele outro. meu estilo mudou mudou mudou e voltei ao natural. o carro já é lá pro terceiro e estou quase me acostumando que seja o novo "normal".

mas eu tento, vou e volto, penso e desisto. finjo que esqueço, esqueço de vez e quando pisco... tudo de novo outra vez.

não, isso não é ruim. só é o que é. como tudo que não muda, já devia estar acostumada, mas não dá pra acostumar, sinto falta. falta daquele perfume, daquele estilo, daquele carro e de tudo mais. e nem isso faz qualquer sentido. mas a falta é assim, não faz sentido. as coisas não mudam porque não fazem sentido, se houvesse sentido em mudar, mudavam, partiam, viravam borboleta, sei lá. talvez isso tenha mudado. talvez eu esteja tentando achar sentido e, como não há... não encontro nada... apenas aquilo que está lá, que não muda e a que resisto. por quê mesmo???

nota de edição: a palavra amor foi substituída pela palavra hábito, após um pouco de análise... mais adequada! se não entende o que isto significa, sorte sua...