segunda-feira, outubro 17, 2016

feliz aniversário, papai

No elevador, cheia de sacolas e coisas nas mãos. Entra um senhor, digo "boa noite". Ele deu um sorriso terno: "ainda é de manhã".

Enquanto eu seguia sem sentido nessa conversa estranha, um outro eu lá de trás falava saltitante, balançando os cabelos livres ao sol ---- como uma menina brincando no quintal ao pé de uma pitangueira --- "é aniversário do meu pai!", justificando de onde vinha a alegria e a confusão.


Da frente, seguia um papo bobo sobre o horário de verão, entendendo que de fato era esse não-mais quem se soltava sem sentido e com palavras desconexas da minha boca. Sem pesar, apenas assim.


Coexistências.

Nenhum comentário: