quarta-feira, agosto 28, 2002

Quando criança, nunca tive muito esse hábito, mas agora, marmanjona, estou começando a me adaptar. Nunca fui daquelas pessoas que iam pegar o grande amigo "pai-dos-burros" e follheá-lo toda vez que não sabia uma palavra, e muito menos quando não sabia como escrevê-la. Pensava: "se não sei escrever esse raio dessa palavra, como é que eu vou procurá-la no dicionário?"
Pois hoje, na minha mesa de trabalho, ao lado do computador, fica não um, mas dois dicionários. Um em português e outro em inglês.
Engraçado como tenho usado cada vez mais e mais. Acho até mais fácil do que usar o on-line. Tá certo que sempre tive uma coisa muito peculiar com o Aurélio, gosto do cheiro dele (não do autor, mas da obra). Sabe essas folhinhas, tipo folha de jornal, mas diferente? Não sei explicar, não sei se é cheiro de infância (os professores "exigiam" que cada um levasse seu próprio mini-dicionário Aurélio todo o santo dia!), se é de chololate (sempre achei que tinha algo a ver, mas acho que não, né?!), se é cheiro de colégio, de sala de aula, de aprender... sei que gosto do cheiro... bom! bem mais que o cheiro do teclado ou da tela do dicionário on-line. *rs*

Outra coisa que eu não entendo – posso até "pagar a língua" – é como alguém pode ler um livro on-line, tipo cyber book, ou virtual book, ou o-raio-que-o-parta book, sei lá como se chamam. É engraçado. Livro é livro. Você pega e carrega. Senta num sofá e lê. Lê enquanto espera. Lê na cama à noite. Vira a página. Põe marcador. Estranho, muito estranho. Fora que livro virtual não tem cheiro...

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